Percebo que me encontro sozinha,
Atravesso cantando este caminho
Vendo os bares repletos de outros cantos.
Entregue à minha solidão e melancolia,
Eu, novamente, sigo o itinerário...
É mesmo tanta gente, e eu, solitário
Uma cidade inteira, me vejo em plena nostalgia.
Onde está a simplicidade do sertão?
Onde está a magia do campo?
Meus amigos e minha alegria, onde estão?
Hoje, por toda a parte, há tanto estranho
Que sou na multidão só solidão...
Que sou na multidão só solidão...
(Inspirado no poema de Jorge Leite e, numa noite de evento na cidade e a solidão de não conhecer ninguém)
Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
ResponderExcluir(Clarice Lispector)